Nossos irmãos judeus comemoram o Pêssach, a Páscoa Judaica. Como se sabe, ela sempre é comemorada na data de 14 de Nissan do calendário lunar, o que torna-a flutuante em nosso calendário gregoriano e geralemnte fica bem próxima da já, e infelizmente, profanada Páscoa Cristã. Mas vamos ao ponto:
Muito embora o Pessach seja comemorado com a matzá (pão ázimo ou sem fermento), um vinho delicioso, ervas amargas e o Seder (banquete posterior), ele precede e muitas vezes é chamado de Chag HaMatzot, ou Festividade dos Pães Ázimos (matzot é o plural de matzá). E é a isso que vamos nos atentar.
O Pessach traz a mente a liberdade da escravidão egípicia e o nascimento de uma nação. Inclusive, é de costume por ocasião do Pêssach, realizarem o Hagadá que é um jogo de perguntas e respostas, que passa a contar como ocorreu todo esse processo. Pois bem, já tens o conhecimento histórico e teórico, agora vamos ao prático.
O relato bíblico em que Jesus assenta-se com seus discípulos para a celebração do Pêssach foca também o matzá e o vinho. O que há de tão simbólico e profundo nesse dois componentes?
O matzá se dá através da junção de 03 componentes: grão(farinha) de trigo, água e fogo. Não há utilização do fermento e nem permite-se que a massa levede. Aliás, apenas a título de conhecimento, as matzot, após sua mistura, devem estar completamente assadas em em até 18 minutos. Se passarem disso a massa passa a levedar e crescer e passa a se chamar chametz (fermentada) e inapropriada ao uso. O que aprendemos com isso?
Muitas coisas, eu sei. Tenho certeza de que o Espírito te conduzirá à inúmeras reflexões, mas atente-se ao que tenho a lhe dizer:
Lembra-se onde se disse "conhecereis a verdade e a verdade vos libertará"? Perceba que a "liberdade" comemorada pelos judeus se dá através do matzá. Um pão simples, fino, achatado, meio sem gosto e o mais importante: sem fermentação.
Sim, a verdade é pura, leve, simples, às vezes sem gosto, pois ela de fato é assim quando deixamos de lado toda religiosidade, todo o tipo de doutrina, tudo aquilo homens e mulheres se engrandecem de seguir, mas que os distanciam de DEUS.
Contudo, assim como na confecção do matzá, devemos ter cuidado de não nos deixar "passar do tempo" e muito menos fermentarmos a massa, envolvendo-nos com questões tolas, filosofias vãs, preocupando-nos com a observância de doutrinas exprimidas pelo homem, deixando de lado os mais puros mandamentos: amar a DEUS e amar ao próximo.
Lembramos que o êxodo conduziu os israelitas à travessia do Mar Vermelho ou Mar dos Juncos. Segundo diz a tradição cananéia/semita, bem anterior à Moisés, esse mar continha toda sorte de espíritos imundos, carnais, nefastos. Era a representação da carnalidade humana. E o Torá, a Bíblia, nos informa que os judeus atravessaram o mar a seco, ao passo que os egipícios se afogaram nele. Sim, os judeus ao perceberem que tinham em suas mãos a liberdade, não hesitaram. Deixaram para trás todos os seus desejos, toda influência pagã no que se referia a adoração, os banquetes, etc., e caminharam para sua Terra Prometida. Eles não podiam se "levedar". Precisavam se manter puros se quisessem alcançar a plenitude dos filhos de DEUS. Contudo, como sabemos, eles não conseguiram manter essa condição por muito tempo. Ao passo que poderiam demorar algumas semanas para chegar lá, demoraram dezenas de anos.
Lembrando, o matzá é composto por trigo (não joio), água e fogo.
A Bíblia identifica os verdadeiros adoradores como trigo. A água e fogo, ambos, denotam purificação. A água purificadora da verdade está a nossa disposição, mantendo-nos limpos. O fogo, por sua vez, que refina o ouro e permite dar forma ao metal, também se refere ao Espírito que conduz as nossas vidas.
É preciso viver isso. É preciso respirar isso.
Chegou a hora de trazermos a verdadeira libertação aos cativos. Precisamos trazê-los à luz.
Não podemos permitir que a insensibilidade tome conta de nossos corações, fazendo-nos não importar com a nuvem que tampa os olhos dos quem estão à nossa volta.
Não podemos permitir que nada nem ninguém nos afaste da verdade. Nem a distorça.
Antes, quais escolhidos do GRANDE EU SOU, devemos torná-la conhecida à humanidade para que todo aquele que respira adore a DEUS em espírito e em verdade!
Yedidyah