O Manto, a Luz, o Todo

O Manto, a Luz, o Todo


De todas, o azul era o mais constante, o mais vibrante, o mais reverenciado.

Entretanto ele ainda se mostrava distante, ainda que presente. E aos poucos um fino véu se pôs à sua frente, e ainda que estivesse lá, não era visto em sua plenitude e se tornou menos acessado.

Do véu, saiam pequenos feixes verdes que tocavam a pele dos poucos que se prostravam. Mas, a pele foi ficando menos sensível e os feixes resvalavam e mudavam sua direção.

Porém, de um lugar quase que inabitado, onde o verde do chão brotava e as águas seguiam seu curso natural em alto volume, surgiu uma raça renovada, não em sua aparência – pois era um misto do que já existia – mas, em sua essência. Essência essa que refletia na pele que os cobria.

E o feixe verde os penetrou e seus olhos se abriram. E a visão transcendeu o véu e viram o azul radiante. Ainda que o verde que do chão brotava insistia em cobrir-lhes sua visão, nada mais os impedia de ver.

E estes cresceram. E, enquanto observavam o alto, um grande manto violeta se estendeu. Ainda que violeta, no início se mostrou translúcido, depois se fez transparente. E o violeta passou a envolver cada ser. E quanto mais os penetrava, mais estes se viam azuis e mais o azul enxergavam como que num halo em volta do manto.

E o amarelo reinou sobre as planícies, o laranja sobre os planaltos e o branco sobre os montes. E tudo se fez. E tudo se deu. E assim foi.



Que O ALTÍSSIMO seja contigo e ainda mais em ti, hoje e em todos os teus dias!

Yedidyah
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