Abraão, migrou da cidade de Ur (importante cidade suméria onde foi um dos berços do desenvolvimento intelectual e religioso dos sumérios, que inventaram a escrita cuneiforme, construíram maravilhosas torres-templos também conhecidas como zigurates, deram introdução a uma legislação e à evolução do animismo para uma mitologia surpreendente) para o Mediterrâneo, em Canaã e que desenvolveu o hebraico (influenciado pelos idiomas semitas), dotado de um nível intelectual avançado para sua época, passou a transformar o politeísmo constante na cultura suméria em um assertivo monoteísmo. Abraão passa a usufruir de uma intimidade maior com o CRIADOR (os relatos mostram-no vendo e falando com DEUS), que ele O conhecia como EL SHADDAI, numa referência a EL, o DEUS ALTO cananeu. Por sua vez, Abraão transmitiu essa cultura a seus descendentes, a quem DEUS disse que seriam como areias do mar e se espalhariam pela terra. Essa cultura envolvia a adoração a um DEUS único, utilização de altares (de pedra) na adoração, senso de gratidão a DEUS (através das ofertas) e o entendimento que a proximidade com DEUS torna-nos mais fortes e prósperos.
Akhenaton, inicialmente era conhecido como
Amen-Hotep IV
(ou Amenófis IV). A história credita a esta personalidade a instituição de uma religião monoteísta entre os egípcios, numa tentativa de retirar o poder político das mãos dos sacerdotes, principalmente aqueles do deus Amon da cidade de Tebas e que desfocava do plano original Divino. Assim, quando tinha aproximadamente seus 30 anos de idade, Amen-Hotep IV instituiu o Deus ATON como a única Divindade que deveria ser cultuada, sendo o próprio faraó o único representante e mediador dessa Divindade, motivo pelo qual ele passou a ser conhecido como Akhenaton. O monoteísmo, a viagem mística, o entendimento sobre o além vida, sobre a manifestação de DEUS em sua criação, além de cuidados de higiene e saúde, são uns dos pontos altos trazidos por Akhenaton em seu reinado.
Moisés, nascido judeu, mas criado no palácio faraônico do Egito, conseguiu avançar em conhecimento e estudo, pois de um lado tinha a cultura religiosa judaica (existente há aproximadamente 600 anos desde Abrãao) e a cultura religiosa egípcia em seu auge (período pós-Akhenaton). Tendo fugido do Egito aos 40 anos, Moisés, após liderar o êxodo judaico, foi o principal legislador judeu e um dos principais líderes religiosos. Deixou um legado que abrange: os conhecidos 10 mandamentos, mais de 600 leis que serviram para manter a integridade física, material e espiritual dos hebreus, preceitos de adoração ao DEUS Único conhecido a ele por YHWH (o EU SOU, ou JAVÉ) através do estabelecimento de uma casta sacerdotal, entre tantos outros feitos. Alguns de seus escritos e registros podem ser encontrados no Torah, Pentateuco e nos Salmos.
Zoroastro
ou Zaratrustra, profeta persa (antigo Irã), aos 30 anos, regressou de sua vida monástica em cavernas sagradas, e recebeu então a revelação divina por meio de sete visões ou idéias. Entre estas, estava a de eliminar o politeísmo e converter o povo ao monoteísmo. Por dez anos ele foi ignorado e perseguido tendo como único verdadeiro seguidor, seu primo. Aos 40 anos, a religião zoroastrista tornou-se a oficial do reino da Pérsia. Além de reformar o sistema religioso trazendo o monoteísmo, ele demonstrou, através de sua vida, que o homem também é capacitado por DEUS para realizar milagres.
Sidarta Gautama, o
Buda, filho de um influente dirigente de uma república aristocrática, aos 29 anos, deixou sua vida repleta de regalias para viver como um asceta. Praticante da meditação, impôs sobre si severas austeridades até que obteve uma experiência religiosa à qual deu o nome de iluminação. A partir daí passou a ser conhecido como o Buda, o Iluminado. Até sua velhice, divulgou seus ensinamentos e conquistou uma grande legião de discípulos, monges e leigos. Entre suas grandes contribuições está o ensinamento a cerca de evitar o mal, fazer o bem e cultivar a própria mente a fim de cessar o ciclo do sofrimento e despertar para a realidade última, o Nirvana. Algo que é também exponencial é a compreensão das Quatro Nobres Verdades, ligadas à constatação da existência de um sentimento de insatisfação inerente à própria existência, que pode no entanto ser transcendido através da prática do Nobre Caminho Óctuplo.
Lao Tsé
foi um grande filósofo e alquimista chinês. Foi um introdutor do pensamento panteísta, em que relaciona-se todo o universo a DEUS. Sua principal convicção é que DEUS está presente no mundo e rege tudo o que nele existe. O Divino pode ser experimentado como algo pessoal ou impessoal. O panteísmo objetiva o mortal a alcançar a união com o Divino. O seu escrito amplamente difundido é o Tao Te Ching composto por 81 pequenos poemas.
Mahavira, ou
Vardhamana, por volta de seus 30 anos, dedicou-se a processos ascéticos até obter a iluminação (ele é considerado o último Tirthankara). Em época paralela a Sidarta Gautama, Mahavira divulgou as verdades que passou a viver, e que segundo crenças s haviam sido introduzidas por ParshvaNatha (o tirthankara anterior) e que consistiam em: não-violência, evitar a mentira, não se apropriar do que não foi dado e não se apegar às posses materiais. Crê também no karma e que o processo que permite a libertação das partículas de karma de uma alma denomina-se "nirjara" e inclui práticas como o jejum, o retiro para locais isolados e a meditação.
Kung-Fu-Tze, ou
Confúcio, por volta de seus 30 anos, depois de uma vida bastante intensa e após uma longa "peregrinação" por diversos reinos, conduziu sua vida de uma forma bastante exemplar (em suas palavras e ações) e pregava a harmonia, através da recuperação de valores antigos, mas já naquela época, esquecidos. São eles: o altruísmo, a cortesia, a integridade, o conhecimento e sabedoria moral, a fidelidade e a honradez.
Jesus, o
Cristo, em meados de seus 30 anos (depois de seu batismo), retirou-se, onde entre outras coisas, preparou-se para difundir seus ensinamentos, pregando as boas novas que tinha recebido de DEUS. Entre outras coisas, firmou-se em apontar os erros e exageros praticados pelo judaísmo (sua religião natal) e a enfatizar a necessidade do homem basear seus pensamentos e ações em dois únicos mandamentos: amar a DEUS e amar o próximo como a si mesmo. Apesar de seus poucos anos de ministério, conseguiu deixar um legado. Reforçou a necessidade de se adorar um DEUS ÚNICO, e de conduzirmos nossas vidas de modo que O espelhássemos. Mostrou que DEUS está muito mais perto de nós do que se pregava e que o arrependimento ou a meia-volta das atitudes carnais, levam à salvação. Mostrou também que por ELE é possível a realização de coisas impossíveis ou milagres.
Paulo Apóstolo
(ou
de Tarso), segundo historiadores, por volta de seus 30 anos, recebeu o chamado que o transformou, de um perseguidor dos cristãos, em um dos mais influentes percursores do ensino de Jesus. Tendo cursado direito (na Escola de Gamaliel em Jerusalém), foi também fariseu, era um homem de alto intelecto, e que difundiu como ninguém, os ensinos do Cristianismo inserindo sábias e poderosas palavras. Seus escritos correspondem a 14 dos 29 livros existentes no Novo Testamento. Destaca-se o respeito e o conhecimento das diferentes religiões e seitas existentes em sua época.
Muhammad, ou
Maomé, aos 40 anos, realizou um "retiro espiritual" onde recebeu a incumbência de, como profeta, restaurar os ensinamentos do cristianismo e do judaísmo que se mostravam deturpados. Assim, deu início o Islamismo, que significa Submissão a DEUS, que em árabe se pronuncia ALLAH. Neste período, as religiões estavam envoltas de inúmeras práticas que se distanciavam de DEUS, entre estas, a idolatria. Assim, Muhammad reforçou a existência de um só DEUS, a existência de Anjos (muito embora não deveriam receber gestos de adoração), a verdade existente nos livros sagrados (Torá Judaico, Salmos, Evangelhos e, obviamente, o Alcorão). Diz também, que nossa vida é desenhada por DEUS e ao final da vida todos serão avaliados por suas ações.
Guru Nanak, como é conhecido, teve toda a sua infância voltada para estudos e orações, até que em idade adulta, percorreu diversos lugares, pregando a hindus e muçulmanos. Para ele, a religião devia unir os povos e não causar divisões. Instituiu a crença em um DEUS Único, Eterno e sem forma conhecida, CRIADOR de todas as coisas e que deve ser alvo de devoção e de amor por parte da humanidade. Ele ensina que o homem se distancia de DEUS pelo seu egocentrismo, por elevar sua carnalidade. O rompimento com o carnal, o egocentrismo, leva à libertação (samsara), que para ele, significa a união com DEUS. Entre outros princípios, destacam-se: manter DEUS em mente em todos os momentos, alcançar o sustento através do trabalho honesto, e praticar a caridade.
Martinho Lutero, aos 34 anos, após uma excepcional carreira acadêmica, pregou as 95 teses na porta da Igreja do Castelo, condenando, entre outras coisas, a avareza, o paganismo (através do uso abusivo de imagens) e a venda de indulgências (o perdão, ou a remissão de pecados parciais ou em sua totalidade). Ele acreditava que a Igreja Católica, com essas e outras práticas, tornava-se responsável pelo fomento de muitos erros acerca de princípios teológicos fundamentais que estavam distanciando o homem de DEUS. Seus ensinos norteiam o Protestantismo e suas vertentes.
Mirza Husayn Ali, ou
Bahá'u'lláh, considerado o 'imame', o líder esperado pelos adeptos do babismo, trouxe novamente à tona o monoteísmo, inserindo seus ensinamentos no Livro Santo. Para ele, DEUS é transcendente e incognoscível e SUA essência se faz manifesta na criação. Ele entende que encontrou a síntese de todas as demais religiões que se unem em propósito original. Bahá'u'lláh recomenda, entre outras coisas, a monogamia, o vegetarianismo e o não envolvimento com a política ou com a guerra.
William Miller
foi um grande estudioso da Bíblia e foi o pioneiro do movimento adventista. Desde muito jovem cria na Bíblia e em outros livros como inspirados. Depois de seu casamento, foi adepto ao dedeísmo. Aos 34 anos, após ter assistido em sua igreja local à uma enfática pregação, passou a estudar com muito afinco a Bíblia. Ele cria que, se a Bíblia fosse realmente a palavra de DEUS, deveria explicar por si só suas aparentes contradições. Para isso, estudou intensivamente usando apenas uma concordância bíblica, não avançando um versículo sequer se não o tivesse entendido.Finalmente, em 1831 abrindo mão de sua timidez, sentiu-se chamado para propagar suas descobertas. Várias pessoas e líderes de diversas confissões religiosas da América, aderiram ao movimento religioso que se chamou de Adventismo ou Milenarismo, pois aguardavam a volta do Messias para muito breve.
Soma-se ao movimento que origina o Adventismo o protagonismo de Ellen
Harmon
White, que com suas mais de duas mil visões e dezenas de milhares de páginas escritas e inúmeros artigos, teve e tem forte influência nos caminhos da igreja Adventista, sobretudo no encorajamento da organização da igreja, nos conselhos de saúde, em especial na abstinência do tabaco e do álcool, nas recomendações duma vida equilibrada, enfatizando o aspecto preventivo da saúde e o cuidado com a alimentação. Ellen White preconizava uma educação capaz de desenvolver o ser humano em todas as áreas da existência e não apenas no ponto de vista intelectual.