Sua fonte nunca secou. Desde há muito, água cristalina de temperatura extremamente agradável àquele que passa, totalmente insípida e inodora, sai abundantemente seguindo o seu percurso.
Mas, eis que o percurso a modificou.
Metros à frente sua aparência e gosto não eram mais os mesmos. A chuva que cai, a terra que escorre, as folhas secas que nela pousam, por si só já a alteram.
Não bastasse isso há animais que a bebem, que nela nadam, que com ela se banham.
Há ainda a interferência do homem que desvia sua rota, a represa, nela despeja resíduos em menor ou maior quantidade.
E o rio não se mostra mais o mesmo que o visto em sua nascente.
Não que tenha de ser assim. Pois, há restauração. E para esta, é necessário esforço, disciplina, atenção cuidadosa e tempo. Nada que tenha levado anos pode se esperar que haja restauração em horas, ou dias. Não que não possa vir nesse tempo, mas a expectativa não pode ser essa. É preciso conscientização.
Mas, também é necessário acompanhamento diário, horário, sem obsessões. Desequilíbrio este que faz retornar.
E, mais adiante, este mesmo rio se encontra com outros rios, um maior, outro menor, e pode ficar ainda mais difícil identificar seu real percurso. E nesta confusão, a origem se perde. Pelo menos, interpretativamente.
Até que esse rio deságua no mar e perde de vez a possibilidade de alguém beber de sua água. Salgada será, como a imensa água que forma os oceanos. Não que lá não haja vida. Talvez, lá estejam as mais belas. Mas, o rio se foi.
Que o DEUS DE SABEDORIA seja contigo e em ti, hoje e em todos os teus dias!
Yedidyah