No Japão e em alguns outros lugares cujos abalos sísmicos são relativamente freqüentes, a população teve de aprender a conviver com isso. É certo que alguns moradores preferiram sair de suas cidades, indo morar em outras regiões e países, mas esse número é ínfimo. A grande verdade é que a maioria permaneceu em suas cidades e aprenderam a conviver com isso.
Inicialmente, começavam o processo de reconstrução das casas, pontes e edifícios de forma quase cíclica. Sem desanimar.
Mas, o tempo ensinou-os e as repetitivas experiências os fizeram evoluir. Dentre estas evoluções é preciso destacar os sistemas de amortecimento dos grandes edifícios e de algumas residências. O que parecia impossível, até por uma questão de adaptação e sobrevivência, se tornou real. Hoje, muitos desses prédios passam ilesos por terremotos. E o que torna isso possível é um engenhoso sistema de molas que amortece e torna o prédio “flexível”.
Talvez tenham feito uso de um ditado, possivelmente milenar, que diz: “Numa tempestade, uma grande árvore pode ser tombada pelo vento, mas o mesmo não ocorre com o capim, que se curva diante dele”.
Sim, precisamos aprender a inclinar, a ceder, a se adaptar, a pensar diferente, a mudar nosso modo de agir, se realmente queremos passar o máximo ilesos diante de tais abalos. Não podemos resumir nossa ação a simplesmente fugir.
E geralmente são nessas ocasiões que passamos a nos conhecer melhor, a entender nossos limites, a ver até que ponto somos realmente indestrutíveis.
Um outro detalhe: embora a maioria dos residentes dessas regiões citadas acima já se demonstrem preparados para passar por tais tremores, eles não deixam de vigiar, acompanhando dia e noite possíveis variações de sismógrafos instalados em lugares estratégicos.
O mesmo se aplica a nós. Se queremos ter maior efetividade na “sobrevivência” a possíveis abalos em nossas vidas, precisamos manter os nossos sentidos despertos, sensíveis a quaisquer alterações à nossa volta e tomar sabiamente as medidas necessárias. Podemos, por assim dizer, nos antecipar ao que virá pela frente.
Grave isso: não somos e nunca seremos imunes a possíveis “tremores”, mas seguramente podemos passar imunes por eles.
Que o PAI CELESTIAL seja contigo e em ti, hoje e em todos os teus dias!
Yedidyah