A riqueza, como parte da jornada humana, é um tema profundo que envolve várias camadas de interpretação e significado. Ela pode, de fato, incluir a riqueza material, que, quando obtida através do uso dos dons e capacidades dados por DEUS, pode ser um objetivo legítimo e até desejável. Afinal, os talentos que recebemos são para serem multiplicados e usados de maneira produtiva e criativa. A riqueza material, quando fruto de trabalho honesto e alinhado aos princípios evolutivos que norteiam nossa existência, não é condenável. Muito pelo contrário, pode ser um reflexo da boa administração de tudo aquilo que nos foi confiado. No entanto, é importante olhar com sabedoria para o papel que essa riqueza desempenha em nossas vidas.
O perigo surge quando o foco de nossa existência se concentra unicamente na busca pela riqueza material. Se nos permitimos cair na armadilha de medir nosso sucesso e valor somente pelo acúmulo de bens ou status, começamos a perder o equilíbrio necessário para viver plenamente. A história está repleta de exemplos de pessoas que, ao se fixarem somente no desejo de mais riqueza, encontraram em seu caminho o vazio, a perda do propósito e até a ruína.
Por outro lado, também encontramos aqueles que, ao longo da Vida, abriram mão da busca incessante pela riqueza material para abraçar missões maiores e mais profundas. Um dos exemplos mais notáveis é Sidarta Gautama, que abandonou sua vida de príncipe e luxo para buscar a iluminação e compreender o sofrimento humano. Sua renúncia à riqueza material não foi uma rejeição ao conforto em si, mas uma escolha de seguir um chamado espiritual mais elevado. Sua jornada nos mostra que o propósito maior de nossa existência vai além do acúmulo de bens, e que a verdadeira riqueza está em entender o nosso papel e missão neste mundo.
Da mesma forma, personagens como Abraão, Davi e Salomão possuíam grande riqueza material, mas não fizeram disso o centro de suas Vidas. Abraão, por exemplo, era um homem muito próspero, mas sua devoção e fé em DEUS superavam de longe qualquer desejo material. Salomão, com toda a sua glória e abundância, pediu sabedoria a DEUS ao invés de riqueza, mostrando que a verdadeira prosperidade não está nos bens materiais, mas na capacidade de usá-los sabiamente.
Por outro lado, a própria Bíblia nos conta sobre personagens que desviaram seu foco para a riqueza e se perderam em meio a isso. O rei Saul, que começou seu reinado com promessas de grandeza espiritual, terminou sua vida focado em manter o poder e a riqueza material, o que o levou à queda. O mesmo ocorreu com Judas, que por trinta moedas de prata entregou seu Mestre, uma decisão que o mergulhou em culpa e desespero.
Esses exemplos nos trazem uma lição clara: buscar a riqueza material, por si só, pode desviar-nos do propósito Divino que nos foi destinado. No entanto, isso não significa que a riqueza seja algo a ser evitado ou rejeitado. A verdadeira questão está em como a usamos e no papel que ela desempenha em nossas vidas.
Grandes figuras da atualidade também nos mostram que a riqueza pode ser um poderoso instrumento para o bem. Pessoas como Bill Gates, que através de sua fortuna criou uma fundação dedicada à filantropia e à solução de problemas globais, ou Warren Buffett, que doou grande parte de sua fortuna a causas filantrópicas, nos ensinam que o acúmulo de riquezas pode ser um meio de transformar o mundo ao nosso redor. Essas ações refletem o princípio fundamental de que a verdadeira riqueza está no que fazemos com o que nos é dado, e não no simples acúmulo de bens materiais.
Para aqueles que, entre as diversas formas de riqueza, almejam a material, o convite é para que façam isso com sabedoria. Use a riqueza não apenas para o próprio benefício, mas como uma forma de gerar oportunidades de emprego e aprendizado para outros, de contribuir para o crescimento da humanidade e de ser generoso com os mais desfavorecidos. A riqueza, quando bem administrada, é uma ferramenta poderosa de transformação e evolução. Somos chamados a criar mais riqueza, não para acumular, mas para distribuir e multiplicar em benefícios para o mundo.
Por outro lado, também é preciso respeitar aqueles que não têm a busca pela riqueza material como foco em suas vidas. Cada um de nós tem uma jornada única, uma missão particular e, para alguns, a prosperidade material pode não ser o que ocupa o centro de sua Vida. E isso está absolutamente certo. Somos todos filhos do DEUS VIVENTE, dotados de dons e talentos diferentes, com histórias e propósitos individuais. O respeito à singularidade de cada um é essencial para vivermos em harmonia e para evoluirmos como seres conscientes.
O convite aqui não é para renunciar à riqueza, mas para buscar o equilíbrio. Se almeja a riqueza material, que o faça de forma sábia, responsável e generosa. Se não a busca, que isso seja aceito e respeitado. O importante é lembrar que somos chamados a ser co-criadores com DEUS, utilizando os talentos e oportunidades que nos foram dados para fazer o bem, para contribuir com o mundo e para sermos instrumentos de luz. A verdadeira riqueza está no impacto positivo que geramos e na maneira como vivemos em harmonia com o universo e com nosso propósito divino.
Que o DONO DA PRATA E DO OURO seja contigo e em ti, hoje e em todos os teus dias!
Yedidyah