Desde os primórdios da humanidade, a polarização tem sido uma constante nas relações humanas. Divisões profundas, muitas vezes geradas por diferenças de crenças, ideologias, ou disputas territoriais, marcaram o nosso passado e ainda refletem na nossa realidade contemporânea. Caim e Abel, logo no início dos relatos bíblicos, já nos mostram o primeiro sinal de um conflito que emerge da polarização. O ciúme, a rivalidade, e a falta de entendimento foram responsáveis pelo primeiro fratricídio da humanidade. Esse ciclo de desentendimentos fraternos continuou, passando por Isaac e Ismael, cujas descendências originaram divisões que ecoam até os dias de hoje entre o Judaísmo e o Islamismo. E a história segue, atravessando eras, com outras polarizações que causaram e causam dor e sofrimento imensuráveis.
Cristianismo e Islamismo, Judaísmo e Islamismo, Capitalismo e Socialismo. A lista parece infinita. Cada uma dessas polarizações não só separou nações, mas gerou guerras, genocídios, perseguições e uma profunda fragmentação do ser humano enquanto sociedade, inclusive em seu núcleo mater: a família. O que nos aflige não é somente a separação em si, mas a cegueira de que, em essência, todas essas disputas e conflitos nascem da mesma raiz: a incapacidade de se enxergar no outro o mesmo sopro divino, a mesma humanidade.
Historicamente, as Cruzadas, por exemplo, foram a tentativa extrema do Cristianismo de dominar o que considerava "errado", gerando um derramamento de sangue sem precedentes. O Oriente Médio até hoje sofre com as consequências dessa divisão entre judeus, cristãos e muçulmanos. Nos tempos mais recentes, a Guerra Fria entre Capitalismo e Socialismo, liderada pelos Estados Unidos e pela antiga União Soviética, deixou um rastro de medo e tensão global. O Muro de Berlim, um símbolo físico e emocional da divisão, separou famílias e destruiu sonhos até sua queda em 1989. Esses eventos históricos nos mostram que a polarização nunca trouxe paz, apenas prolongou a dor.
E, apesar de todo o sofrimento causado por essas polarizações, a humanidade ainda não aprendeu a lição. No cenário atual, as redes sociais amplificam essas divisões, com grupos extremistas de todos os lados se fortalecendo e criando bolhas de pensamento fechado. Hoje, vivemos uma nova forma de polarização, seja política, social ou cultural. Vemos isso em eleições acirradas, invariavelmente direta-esquerda, onde o diálogo entre opostos se torna impossível e a agressão toma o lugar do debate. Vemos nas discussões sobre temas como vacinas, direitos humanos ou meio ambiente, onde os extremos são exaltados e o caminho do meio, o caminho do entendimento e da unidade, é ignorado.
A polarização é um mal a ser exterminado, pois ela não só divide, mas também impede o avanço da humanidade. Quando estamos polarizados, não crescemos. Apenas defendemos nossas bandeiras, muitas vezes sem reflexão, sem entender que há sabedoria em ouvir o outro, em aprender com o diferente, em estarmos abertos ao contraditório.
E aqui entra a necessidade de relembrar o princípio da unidade, um dos alicerces essenciais da Vida. Somos todos filhos do DEUS VIVENTE, criados à SUA imagem e semelhança, e isso deve ser a base de nossa compreensão. O ser humano, independentemente de sua origem, crença ou ideologia, carrega dentro de si a centelha Divina. E enquanto continuarmos a nos dividir, esquecendo essa verdade fundamental, deixamos de cumprir o nosso verdadeiro propósito evolutivo.
É preciso caminhar para um caminho do meio, onde não nos posicionamos nos extremos, mas buscamos o equilíbrio, o entendimento, o diálogo. O Código da Vida nos conduz a vivermos em harmonia, respeitando as diferenças, mas buscando sempre a cooperação, o crescimento mútuo. Só assim seremos capazes de construir uma sociedade mais justa e equilibrada.
Viver de forma civilizada, eliminando as barreiras ideológicas, religiosas ou territoriais, não é uma utopia. É uma necessidade urgente. O princípio da unidade não exclui as individualidades, mas sim reconhece que elas são como peças de um grande mosaico, onde cada uma tem o seu valor e contribui para o todo. Quando entendemos isso, passamos a ver o outro não como um adversário, mas como alguém que pode nos ensinar algo novo, alguém com quem podemos cooperar.
As fronteiras que dividem países são artificiais. Foram traçadas por homens, não por DEUS. E essas fronteiras geográficas refletem as barreiras invisíveis que criamos entre nós e o outro. Quando você elimina essas barreiras e permite que o outro entre em sua vida, você cresce. E essa é a verdadeira evolução: aprender a partir da experiência do outro, encontrar no diferente uma oportunidade de complementaridade e crescimento.
Exercite o amor ao próximo como a si mesmo. Esse é um dos pilares do nosso Código da Vida dos Seres Evolutivos. E como podemos amar ao próximo se o vemos como um adversário, se não o enxergamos como parte do TODO que nos conecta a DEUS? Não podemos. Só seremos capazes de viver plenamente quando compreendermos que as divisões nos enfraquecem e a unidade nos fortalece.
Portanto, a solução para eliminar o mal das polarizações está em você, em mim, em cada ser humano que deseja ver um mundo mais equilibrado. Precisamos começar a transformar as pequenas divisões do dia a dia, substituindo-as por gestos de empatia, de compreensão e de diálogo. E essa mudança, ainda que pareça pequena, terá um impacto profundo na maneira como enxergamos o mundo. O caminho do meio é o caminho da evolução. O caminho da unidade é o caminho da paz.
Que possamos caminhar juntos, eliminando as barreiras que nos separam e construindo uma humanidade mais unida, mais próxima do propósito Divino para o qual fomos criados.
Que o DEUS DA UNIDADE esteja contigo e em ti, hoje e em todos os teus dias!
Yedidyah