A diversidade é uma característica intrínseca da humanidade, refletida em cores, raças, etnias, religiões, classes sociais, orientações sexuais e de gênero. No entanto, ao longo da história, esses fatores de diferença foram usados como justificativa para discriminação, opressão e marginalização. Grupos minoritários, sejam eles definidos por sua cor de pele, sua origem étnica ou por suas escolhas pessoais, foram repetidamente excluídos da participação plena na sociedade, enfrentando desafios extremos e sofrendo injustiças que deixaram marcas profundas.
Historicamente, as comunidades negras, por exemplo, foram vítimas de séculos de escravidão, segregação e violência. A abolição da escravatura, embora tenha sido um avanço, não erradicou o racismo estrutural que ainda afeta milhões de pessoas ao redor do mundo. Dados recentes mostram que, em muitas sociedades, as pessoas negras continuam a ser discriminadas em áreas como emprego, educação e moradia. A luta pelos direitos civis nos Estados Unidos, liderada por figuras como Martin Luther King Jr., destacou a necessidade urgente de igualdade, mas a luta está longe de ser vencida, como evidenciado pelos movimentos contemporâneos como o Black Lives Matter.
Os povos indígenas também sofreram enormemente com a colonização, tendo suas terras tomadas, suas culturas destruídas e sendo forçados à assimilação. Até hoje, em muitas partes do mundo, essas populações vivem em condições de extrema pobreza, com acesso limitado a serviços básicos como saúde e educação. Um estudo recente da ONU indicou que os povos indígenas representam aproximadamente 5% da população mundial, mas correspondem a cerca de 15% dos pobres do mundo, um indicativo claro da exclusão histórica e contínua.
A discriminação com base na religião é outro problema sério que atravessa fronteiras. Judeus, cristãos, muçulmanos, religiões de matriz africana e tantas outras comunidades religiosas foram e ainda são perseguidos, seja por razões políticas ou culturais. Em muitos países, a liberdade religiosa continua sendo uma utopia distante. Relatórios da Anistia Internacional mostram que milhões de pessoas são perseguidas anualmente por suas crenças, forçando muitos a se esconder ou a fugir de seus lares.
Além disso, as pessoas LGBTQIA+ têm enfrentado opressão e discriminação em grande parte da história humana. De acordo com a Human Rights Campaign, quase 70 países ao redor do mundo ainda criminalizam relações entre pessoas do mesmo sexo, e o preconceito contra essas pessoas continua a se manifestar em níveis pessoais e institucionais, mesmo em sociedades consideradas mais progressistas.
Esses exemplos ilustram como a diversidade humana, ao invés de ser celebrada, muitas vezes foi transformada em pretexto para o ódio e a divisão. Ao olharmos para a sociedade atual, percebemos que o machismo, o racismo, a homofobia e outras formas de discriminação continuam enraizados em muitas culturas e sistemas de poder. Embora tenhamos avançado em alguns aspectos, os desafios persistem. Os números sobre feminicídios são alarmantes, e estudos da ONU Mulheres indicam que, globalmente, cerca de 137 mulheres são mortas diariamente por um parceiro ou membro da família. Esses dados mostram que ainda vivemos em uma sociedade profundamente machista e paternalista, que continua a subjugar o feminino.
A própria maneira como referimos a DEUS com um artigo masculino reflete um paradigma que não condiz com a Criação Divina, que não está limitada por conceitos humanos de gênero. A divisão entre masculino e feminino é da Criação, e não do CRIADOR. Somos todos filhos do DEUS VIVENTE, e é com essa consciência que devemos nos desprender de velhos paradigmas que perpetuam a exclusão e a desigualdade. Precisamos, enquanto Seres Evolutivos, estar atentos às manifestações de equidade e igualdade.
As habilidades femininas, por exemplo, são amplamente complementares às masculinas, e é exatamente nessa complementaridade que reside a força da humanidade. Precisamos aprender a colaborar, a somar, e a respeitar as diferenças que tornam cada pessoa única. No mundo corporativo, mulheres que têm desafiado o status quo e liderado mudanças importantes em suas áreas. Elas, ao redor do mundo, demonstram que a presença feminina nos mais altos escalões do poder é vital para a criação de um mundo mais justo e equilibrado.
O princípio da Criação não foi de dois homens e uma mulher, mas de um homem e uma mulher, em igual proporção. Essa verdade fundamental nos lembra que, desde o princípio, DEUS destinou a humanidade a viver em parceria, em harmonia. No entanto, criamos barreiras, fronteiras, e sistemas de poder que excluem e marginalizam. Temos muito espaço ainda que deveria pertencer ao feminino, e muito a aprender com as mulheres que, ao longo da história, têm resistido, inovado e liderado.
A diversidade é uma bênção, uma manifestação da criatividade Divina. Quando abraçamos essa diversidade, estamos caminhando em direção a um futuro mais justo e mais brilhante. Como Seres Evolutivos, nossa missão é quebrar barreiras e paradigmas, sejam eles culturais ou familiares, e criar um mundo onde todos, independentemente de sua cor, gênero, orientação ou origem, possam exercer seu protagonismo na sociedade e contribuir de forma significativa para o bem comum. Essa é a verdadeira riqueza da diversidade: cada pessoa, independente de sua cor, gênero, orientação ou origem, traz consigo uma contribuição única para o mundo dentro de sua singularidade. Ao abraçarmos essa diversidade, estamos nos tornando agentes de mudança, promovendo a evolução da humanidade como um todo.
Não podemos mais viver em uma sociedade que exclui, discrimina ou oprime com base em diferenças superficiais. A verdadeira evolução começa quando enxergamos uns aos outros como iguais, com os mesmos direitos, sonhos e capacidades. Isso exige que nos desprendamos de preconceitos antigos, questionemos nossas crenças herdadas e busquemos, constantemente, nos educar para sermos mais inclusivos e justos.
A mudança começa dentro de cada um de nós. Precisamos questionar nossas atitudes, perceber onde ainda guardamos preconceitos e fazer um esforço consciente para transformá-los. O respeito à diversidade não é um favor que fazemos aos outros, é uma responsabilidade que temos como seres que buscam evoluir espiritualmente, emocionalmente e intelectualmente.
Lembre-se de que a criação de DEUS é vasta e variada, e é nessa pluralidade que reside a beleza do mundo. A busca pela equidade e pelo respeito à diversidade é um dos caminhos mais nobres que podemos trilhar como Seres Evolutivos. Ao eliminar as barreiras e paradigmas que ainda carregamos, estamos nos aproximando de nossa verdadeira essência e contribuindo para um mundo onde cada indivíduo pode florescer em toda a sua potencialidade.
Que possamos, todos os dias, trabalhar pela construção de uma sociedade mais inclusiva, onde a diversidade seja celebrada e todos tenham a oportunidade de viver com dignidade, respeito e Amor.
Que o DADOR DA VIDA, que nos fez à SUA imagem e semelhança, nos inspire a sermos cada vez mais abertos e inclusivos, e que seja contigo e em ti, hoje e em todos os teus dias!
Yedidyah